Oxford Economics prevê inflação nos 2,9% este ano em Moçambique





A consultora Oxford Economics reviu hoje ligeiramente em alta a previsão de inflação para Moçambique, antecipando agora uma subida dos preços na ordem dos 2,9%, puxados pela escassez de produtos devido às perturbações nas cadeias de abastecimento.

"Moçambique é um importador líquido da maioria dos bens de consumo e, consequentemente, uma moeda mais fraca está fortemente associada com preços mais altos para o consumidor", escrevem os analistas numa nota sobre a previsão da evolução dos preços.

Na análise, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a Oxford Economics escreve que "as perturbações na cadeia de abastecimento e a consequente escassez de produtos devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus vai puxar os preços de alguns bens de consumo para cima."

A Oxford Economics prevê, assim, no seguimento da depreciação do metical em 6% desde o início do ano, uma ligeira subida de 2,8% para 2,9%, apontando que "apesar de uma procura interna mais fraca e os preços do petróleo bastante menores este ano vão conter o aumento da inflação, o principal risco desta previsão é de uma subida nos preços acima do estimado".

De acordo com os últimos valores disponíveis, a inflação média a 12 meses em Moçambique desceu ligeiramente em Março, ao fixar-se em 2,69%, face a 2,75% em Fevereiro, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou um agravamento de 0,22% no terceiro mês do ano, contribuindo para uma inflação homóloga de 3,09% - também ligeiramente abaixo dos 3,55% em registados em Fevereiro.

A alimentação e bebidas não alcoólicas foram os produtos que mais contribuíram para a inflação registada em Março, segundo o boletim do IPC.

Os valores do IPC são calculados a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.

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