"Devemos criar um sistema político onde todos possam competir", Filipe Nyusi

Moçambicanas e Moçambicanos!
Como é do vosso conhecimento, os cinco anos que terminam, foram repletos de desafios. Todavia, a resiliência dos moçambicanos juntos, com a cultura de trabalho que temos vindo a desenvolver, foram cruciais para a gradual superação desses desafios.
Não obstante estas e mais adversidades, Moçambique não interrompeu a regularidade dos pleitos eleitorais, cumprindo assim a sua obrigação do exercício democrático.
Nos princípios deste ano, tivemos o infortúnio, sem precedentes, de sentir as consequências das mudanças climáticas, quando ciclones violentos se abateram sobre o nosso país.
Quero, também, hoje e agora, estender a minha mão aos meus irmãos Ossufo Momade e Daviz Simango e a todos outros que aderiram ao processo eleitoral num claro exercício democrático. Nas eleições, foram meus adversários e sei que não ficarão satisfeitos com os resultados hoje anunciados. Mas, após as eleições, agora é o momento de unirmos forças para juntos trabalharmos para o bem-estar dos moçambicanos.
Devemos criar um sistema político onde todos possam competir, quer a nível nacional, quer provincial e todos aceitem os resultados e se preparem para as eleições seguintes.
Assim fizemos nós quando, ao longo dos anos, não conseguimos conquistar algumas assembleias provinciais e/ou municípios.
Asseguro o empenho da Frelimo e o meu pessoal, de trabalhar com todos para criar um sistema em que a confiança seja a regra de convivência, porque a condição para o desenvolvimento de económico de Moçambique é o aperfeiçoamento contínuo da nossa democracia.
Neste aspecto, Moçambique pode tornar-se uma referência na região, no continente e no mundo.
Os Partidos políticos em Moçambique já não podem tentar resolver conflitos através de meios violentos. Já não há razão de recurso à violência em Moçambique. O preço da violência é muito alto para o nosso povo e para os próprios mentores.
Neste sentido, vamos trabalhar para construir uma sociedade mais inclusiva e cada moçambicano deve ter uma oportunidade igual de obter benefícios do novo país que juntos vamos construir.
Precisamos de continuar a unificar o país, pelo que peço a todos aqueles que não votaram em nós para nos apoiarem nesta empreitada, para juntos podermos superar os desafios com que nos confrontamos como nação.
Como o Santo Padre o Papa Francisco, que nos honrou com a sua recente visita ao país, disse: “Uma cultura de paz implica um desenvolvimento produtivo, sustentável e inclusivo, onde todos os moçambicanos sintam que esta terra lhes pertence, onde possam criar relações de fraternidade e de equidade com os seus vizinhos e todos os que estiverem em seu redor”, exorto a todos os moçambicanos a juntarem-se ao projecto que é de todos e para todos nós, na consolidação da paz e reconciliação: Não podemos deixar ninguém para trás! Juntos vamos prosperar como uma nação!
Este mandato pode começar num novo Moçambique, um Moçambique em paz.
Assinamos o histórico Acordo de Paz e Reconciliação e temos, agora, a oportunidade única de garantir que todos esses homens e mulheres, que estiveram envolvidos nas hostilidades militares, regressem às suas comunidades e famílias.
Eu, cidadão Filipe Jacinto Nyusi, continuo e continuarei comprometido com o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração da força residual da Renamo.
Exorto a todos os meus parceiros neste processo para acelerarmos o passo de modo a evitarmos manter os nossos irmãos reféns e cada vez mais desesperados.
Eles, que levam uma vida difícil nas matas, merecem o seu lugar na sociedade, levando uma vida condigna dando a sua humilde contribuição para o País que também lhes pertence.
A comunidade internacional aguarda a celeridade deste processo de modo a libertar os apoios que têm estado a anunciar.

Unidos, fazemos Moçambique desenvolver!

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